Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, no encalço. Amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor. G. Rosa

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Minha reflexão sobre honestidade.

Depois desses  últimos acontecimentos em Eunápolis, tenho pensado muito sobre a questão da honestidade e em como é difícil ser honesto. E ousaria dizer que há gradações. Existem os muito honestos. São aqueles que não admitem sequer um pacto de silêncio em torno de questões que considera como desvios de conduta. São capazes de fazer um discurso de horas, para demonstrar sua intransigência. Acho que minha cara metade se inclui entre estes. Ela tem tanto compromisso com a honestidade que, ao menor sinal de desvio, reage como um leão feroz. Esta semana, discutimos sobre isto. E assim ela fechou o diálogo: "não existe mais honesto, existe honesto ou desonesto". Uffa! Calei.

Também existem os que são simplesmente honestos. Cumprem suas obrigações e toleram situações e pessoas que - por mais que possam estar erradas - ainda assim gozam do benefício da dúvida. Afinal de contas, indivíduos são capazes de cometer um ato ilícito "culposo" (por imprudência, imperícia ou negligência). Acho que me incluo nessa faixa. Ainda há os quase honestos. São aqueles que aparentemente fazem tudo direitinho, mas que na intimidade revelam alguns "truques", ou para escapar do fisco, ou para levar uma pequena vantagem pessoal, ou para tirar proveito de uma situação em que a omissão da lei ou da fiscalização, ou mesmo ainda a oportunidade, lhe convém. Nunca fiz parte dessa faixa e se às vezes sou tentado a fazer, me policio - "Orai e Vigiai". É como se fosse uma tentação. Essa classe pode ser considerada a da maioria da humanidade. Existem também aqueles que podemos chamar de pouco honestos. São os "espertos", que estão sempre cantando uma vantagem, em prejuízo de um, ou pior, de muitos. Gostam de contar "causos", frequentar locais com gente "especial", de ser vistos entre as celebridades, de gozar de privilégios em agências bancárias, em restaurantes, em locais públicos e gostam - como ninguém - de ostentar uma condição em que pareçam ser mais importantes do que outros. É o segundo grupo mais numeroso. Aqui fica, infelizmente, a maioria dos políticos. Por uma questão de perfil. A política é um caminho para o poder, para alguns trocados e para a visibilidade e o privilégio. Ainda tem a classe dos desonestos. Esses não precisamos perder tempo com eles, não acham?

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