Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, no encalço. Amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor. G. Rosa

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Em Eunápolis, a cidade cada vez melhor

A campanha  para eleger Cláudia Oliveira  a deputada estadual está arrojada. Uma enorme frota de carros de sons, muito material impresso, muitas garotas distribuindo santinhos nas ruas. Vê-se que é uma campanha milionária, entretanto, hoje o transporte escolar dar colônia paralisou. Alguns dão conta que seja por falta de pagamento. O fato é que alunos que dependem desse serviço para virem para as escolas em Eunápolis foram prejudicados. Se alguém souber o motivo desta paralisação, escreva nos informando, pois, até o momento não descobrimos o motivo. Quero crer que não seja por falta de pagamento, pois sabemos que a prefeitura recebe mais de 12 MILHÕES...


De resto, é preciso ficar atentos para sabermos onde estão colocando o dinheiro da educação, da saúde e o que é feito com tanto dinheiro que até hoje a cidade não tem uma rede de esgotamento sanitário, o sistema de saúde continua ineficiente. O HRE, hospital reinaugurado (após passar por uma reforma que durou 5 anos ops), ainda tem um quadro de médicos insuficiente para atender a população da cidade. Os postos de saúde em todos os bairros estão atendendo precariamente.

Como diz o DR CORRELO: “UM MÉDICO SEM HOSPITAL PODE ALGUMA COISA MAIS UM HOSPITAL SEM MÉDICO QUE PODERÁ?”.

Mas justiça seja feita, este ano, mais precisamente nos últimos três meses, o prefeito tem colocado muitas faixas nas ruas. Faixas para o dia dos amigos, para o dia dos pais, dia da boneca, dia da juventude, tanta faixa que já perdi as contas das Contas que darão estas obras imensas e dos benefícios que elas estão trazendo para a cidade.

É este tipo de administração que você quer pra sua cidade, prá você e sua família?
Pense bem antes de votar. Faça uma escolha pensando não apenas em você mas sim em toda a comunidade, principalmente os que estão vivendo em condições subumanas na periferia de Eunápolis. Procure conhecer bem a vida pregressa do seu candidato. Eunápolis merece algo melhor!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

E AGORA JOSÉ?

Olhem só o que mandaram para o Paulo Henrique Amorim. A esquerda, até pra criticar o faz com classe inda se valendo de um grande poeta. ÊTA TREM BÃO!

É, José, em Minas dizem assim: “até nunca mais”


O amigo navegante Adilson Filho acaba de compor essa obra-prima do cancioneiro drummondiano:
Prezado Paulo Henrique,
Segue “o poema” E agora José?! ou Canção do dia “pra sempre”
Um abraço

Adilson (E agora?)
E agora, José?!

E agora, José?! (ou Canção do dia “pra sempre”)

E agora, José?
A festa acabou,
a Dilma ganhou
o Índio sumiu,
a Globo mudou..
e agora, José?
e agora, você?

você que é sem graça,
que zomba da massa,
você que fez plágio
que amou o pedágio
e agora, José?

Está sem “migué”
está sem discurso,
está sem caminho..
não pode beber,
não pode fumar,
cuspir não se pode,
nem mesmo blogar?

a noite esfriou,
o farol apagou
o voto não veio,
o pobre não veio,
o rico não veio..
não veio a utopia
não veio o João
tão pouco a Maria

e tudo acabou
o Diogo fugiu
o Bornhausen mofou,
e agora, José

E agora, José ?
Sua outra palavra,
seu instante de Lula:
careca de barba!
sua gula e jejum,
sua favela dourada
sua “São-Paulo de ouro”
seu telhado de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora ?

com a chave na mão
quer abrir qualquer porta,
não existe porta;
o navio afundou
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
nem Rio, Bahia, Sergipe, Goiás..
José, e agora ?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa da despedida
e a Miriam tirasse…
se você dormisse,
se você cansasse,
como o leitor do Noblat
se você “morresse”
Mas você não morre,
você é vaso “duro”, José !

E sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem megalomania
Sem Folha, O Globo, Estadão, o Dia..
sem Cantanhede
para se encostar,
sem o cheiro da massa
pra você respirar..

e sem cavalo grego
que fuja a galope,
sem o Ali Babá
pra lhe arranjar algum golpe,
você marcha, José !
José, pra onde?
pra sempre?

E agora, José?
Se quando a festa acabou, o povo falou
que sem você, podia muito mais..
Então, nesse caso: Até nunca mais, José!

ps: O Dia foi só pra compor a rima.

Copiado do original do Conversa Afiada

O Povo Brasileiro - Brasil Caipira

Mais conhecimentos do Professor Darcy Ribeiro.

O Povo Brasileiro - Encontros e Desencontros A

Aqui, apenas um trecho do documentário do grande Darcy Ribeiro, Um Brasileiro de verdade, Muito bom e interessante para que reflitamos sobre nossos preconceitos e possamos transformá-los em conceitos. A partir de estudos e conhecimentos, certificamo-nos quão chulas são nossas diferenças e no afinal, todos somos semelhantes.

domingo, 22 de agosto de 2010

Por que estou deixando a França

Desde aproximadamente um ano (com o lançamento do debate sobre a identidade nacional), vários membros do governo e da maioria multiplicaram, as propostas racistas mal disfarçada.

Como um imigrante marroquino, vi como um ato de profunda humilhação todas essas declarações e leis de segurança que visam particularmente a comunidade muçulmana (e desde algum tempo os ciganos). E é por isso que eu retornarei…E não sou o único.

Sou engenheiro, tenho 25 anos, ganho 2.700 euros líquidos por mês, nunca fui detido nem mesmo revistado em minha vida. Sou ateu (agnóstico para ser preciso), adoro salsicha, a boa cerveja, o rugby e passo meus verões nos festivais musicais. Não faço parte portanto dessas categorias de pessoas visadas pelos ataques populistas da l’UMP (união pelo movimento popular, partido de direita francês).

No entanto, estas propostas agravam claramente, a meus olhos, dois fenômenos.

1.Em primeiro lugar as pessoas (franceses) não entendem porque é doloroso para mim ouvir piadas racistas.Evidentemente, eu sempre ouvi as piadas racistas desde que cheguei na França. Eu ria, no entanto dava me o direito de colocar as pessoas em seu devido lugar, quando as piadas eram muito ofensivas e/ou não engraçadas.Após um ano, eu não suportava mais essas piadas. O fato de um ministro do Interior ter feito uma delas, mostra a que ponto os clichês são profundamente implantados na imaginação francesa. E o fato de que as pessoas relacionam-se comigo com base num clichê, tornou se insuportável.
2.O segundo ponto é o olhar da “velhinha” na rua. Seu olhar é mais vivo, sua sacola mais apertada entre seus braços. Sues passos aumentam de velocidade quando eu passo por perto.E, pessoalmente, eu entendo essa dama ou esse senhor que, ao abrir seu jornal ou ao ligar a televisão, são “informado” de que a delinquência está ligada à imigração, que os jovens muçulmanos não tem trabalho, que o islamismo é incompatível com os valores dos franceses..Eu mesmo temo acreditar nisso tudo.
Ficar na França após os estudos

Eu faço parte da comunidade de estudantes estrangeiros que permaneceram na França para trabalhar após o fim dos estudos. Esta comunidade está longe de ser desprezível nas escolas de engenharia. Na minha (uma das grandes escolas francesas), a proporção de estudantes marroquinos (que não têm a nacionalidade francesa) passa dos 15%. Eu encontrei uma proporção de 10% no meio de trabalho.

Meus conhecidos relatam me proporções equivalentes, (entre 10% e 15%) nos terrenos da telecomunicação, de informática ou na área da finanças. O Marrocos tornou se um grande fornecedor de engenheiros para a França (todavia eu não conheço os dados precisamente).

Porém, essas pessoas retornam cada vez com mais frequência ao seu pais de origem. Na verdade, o governo marroquino investe maciçamente em politicas que estimulam o “nearshoring” (deslocalização para as proximidades) notadamente no domínio de novas tecnologias.

Estas políticas atraem os engenheiros. O mercado de trabalho para a profissão também é muito ativo. Meus antigos colegas da escola puderam obter salários de aproximadamente de 20.000 dirham líquidos por mês (4.249 euros) ao sair da escola de engenharia.

A dinâmica do país (a situação deve estender-se a outros) é tal que o crescimento chegou a 5%.

Agnóstico e desconfortável

Deixei o Marrocos porque a liberdade da religião não é respeitada…Mas ela também não é mais admitida na França. Deixei o Marrocos por vários motivos. O primeiro foi ter me dado conta em minha adolescência, que era agnóstico, o que seria profundamente incompatível com a pratica do islamismo, na minha família e na sociedade marroquina como um todo.

O segundo motivo é a vida cultural e artística da sociedade marroquina. Eu sonhava, de fato, poder tocar musica, assistir a concertos, ir ao cinema, frequentas exposições e visitar museus.

Em minha cidade natal (Agadir) faltava terrivelmente tudo, Não havia uma sala de cinema decente, que exibisse algo além dos blockbusters de anos atras. Não havia museu, nem exposições. E os únicos estilo de musica são a popular ou a eletrônica, que toca nas boates (não gosto nem de uma, nem da outra).

Por lá as coisas estão mudando. A liberalização dos costumes está em andamento, as saias ficam mais curtas, os bares estão lotados, os festivais são criados continuamente, e os grupos de rock, rap ou de reggae ganham notoriedade. Estamos, evidentemente longe da riqueza e da diversidade da cultura francesa mas a cultura marroquina esta em plena evolução. Os marroquinos estão cada vez mais abertamente ateus, e o modelo familiar oferece mais independência.

“Minha cara e meu prenome me farão sempre um muçulmano”

Por outro lado, na França, sou considerado muçulmano. Meus amigos não entendem que eu possa ser agnóstico com meu prenome (Mohamed). Eles não entendem porque eu não faço o ramadã. Em dois dias, eu tive que ouvir dezenas de vezes, em o tom de piada, que eu “acabaria no inferno”.

Minha (não) religião não é aceita, por causa de minha origem marroquina. Minha cara e meu prenome farão de mim sempre um muçulmano na França. È por isso que eu me sinto visado por todos os ataques diretos ou indiretos contra o islamismo na França.

Minha decisão esta tomada. Retornarei definitivamente em 2011, porque as razões para minha partida do Marrocos não fazem mais sentido, e os motivos pela minha vinda e meu bem-estar na França desapareceram.

Além do mais, eu não sou o único a ter escolhido esse caminho. Mas ainda falta quantificar o todo. Quando um árabe retorna para casa, ainda vai; mas quando são muitos, é porque algo não funciona mais.

*A publicação original omitiu o nome completo do autor da carta.

Por SAE, engenheiro*, em Rue89 | Tradução: Cauê Ameni | Imagem:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cachoeira- Festa da Irmandade da Boa Morte: Parte II

                        
VISITA A COMUNDIDADE DE COQUEIROS



A principal atividade desenvolvida por esta comunidade é a cerâmica utilitária doméstica.
Alunos da UFRB desenvolvem uma pesquisa auxiliados pela professora Patrícia, cujo o objetivo principal é fazer com quê esta comunidade se conscientize da importânica deste trabalho para preservação desta cultura e que é preciso ensinar aos seus filhos para que estes possam perpetuá-la. É claro que para isso tornar-se realidade , deverá ser agregado outros valores ao Saber Fazer.

O rio Paraguassú
O barro retirado dos barrancos do rio
É colocado na rua para que os carros passem



sobre ele e quebre os torrões e assim facilitando o trabalho das ceramistas
As peças são secas ao sol antes de levadas ao fogo para serem queimadas.


Nesta comunidade, outra fonte de renda desenvolvidada é a atividade de catadores de mariscos praticada no Rio Paraguassú.











Festa da IRMANDADE DA BOA MORTE

Alunos e professores da Uneb Campus XVIII de Eunápolis estiveram por lá.

Cachoeira, a 109 km de Salvador, palco da tradicional festa da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, recebeu este ano dentre seus ilustres visitantes, alunos da Uneb Campus XVIII de Eunápolis que foram conhecer e acompanhar o ritual das irmãs da entidade religiosa.


O evento que une cultos católicos com elementos de matriz africana, é considerado patrimônio nacional e recebe milhares de visitantes de diversas partes do mundo. Inclusive  este ano, alunos da Uneb de Eunápolis.

A programação inclui cortejo anunciando a morte de Maria, missas em memória das irmãs falecidas, sentinela, missa simbólica de corpo presente e procissão. De todas as festas religiosas da Bahia, a da Irmandade da Boa Morte é considerada a mais importante, mais negra, com maior volume de sincretismo e presença da força feminina.




André Lima (UNEB)
movidas pela fé.
O grupo se mantém ainda hoje pelas mãos de 25 mulheres afrodescendentes

Comida sem dendê para a ceia depois da procissão
No terceiro dia a parte religiosa da festa é encerrada com missa de Assunção de Nossa Senhora da Glória e procissão percorrendo as ruas da cidade.


Além da importância histórica da festa as roupas utilizadas pelas irmãs da Boa Morte têm um significado e é também um atrativo à parte durante os festejos. O luto pelas irmãs já falecidas é representado pelo branco. E a vestimenta para o ritual simbólico do sepultamento de Nossa Senhora é composta por saia preta, blusa branca bordada e lenço branco no cabelo. Um xale de veludo, com faces vermelha e preta, é utilizado durante o percurso, com o lado preto voltado para fora.





Cachoeira, São Félix é Nós.








Charuteiras trabalham em fábrica de São Félix
Cadeira de barbearia modelo Inglês do inicio do séc. passado.
Queridíssimo  prof.Orley e seus alunos
Antiga estação ferroviaria.
Agente A.C e nossa colega Thefi




Prof. Célia -  a alegria é geral.


Prof. Maristela e tres garotas solteiras...









Aguardem cenas dos próximos capítulos.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

UFOP adere integralmente ao Enem como única etapa dos processos seletivos de 2011

Por uma decisão unânime do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em reunião realizada em 23 de julho, o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) será utilizado integralmente nos próximos processos seletivos da UFOP para os cursos presenciais e a distância, que ingressarão os alunos em 2011, primeiro e segundo semestres.

As novas possibilidades de ingresso nas universidades públicas que o Ministério da Educação vem oferecendo já pautavam as discussões na UFOP. A universidade já utilizava parcialmente o Enem para a composição das notas dos candidatos.

De acordo com o Coordenador de Processos Seletivos, José Margarida, o novo Enem tem competência para a seleção dos que querem entrar na universidade e a UFOP já utiliza o resultado do Exame Nacional parcialmente desde 1999, o que motivou sua utilização integral e como etapa única na seleção de seus alunos.

O âmbito econômico que envolve o vestibular também foi levado em consideração na decisão, que soluciona o problema de custo causado pelos processos seletivos da universidade, já que todo o dinheiro de arrecadação das inscrições é inferior ao gasto da universidade com o vestibular. Assim, as verbas para assistência estudantil repassadas pelo Ministério da Educação (MEC) aumentarão, melhorando as condições de auxílio para os alunos.

A aderência integral ao novo Enem contribui não somente para a instituição, mas também para os candidatos. O novo processo seletivo torna essa fase, antes tão exaustiva, mais cômoda para o aluno, já que as dificuldades de locomoção para o local de prova diminuirão e a taxa de inscrição terá um valor inferior às taxas de vestibulares comuns, sendo somente paga por estudantes de escolas particulares.

A partir de 2009 as notas do Enem serão consideradas e a exclusividade da nota obtida como critério de seleção não significa que os editais de processo seletivo da UFOP não serão respeitados. O Edital específico do processo seletivo para ingresso no 1º semestre letivo de 2011 será divulgado até o início do mês de setembro. Fica mantida a atual Política de Ação Afirmativa.



Para mais informações entre em contato com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) pelos telefones (31) 3559-1351; (31)3559-1323; (31)3559-1331 e pelo e-mail vestibular@ufop.br

 por Kuruzu Rossi Jr.

Saiba História: Um encontro inesquecível

Saiba História: Um encontro inesquecível: ". Dezembro de 2009 Casa de Ciência (UFRJ) Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Lembro com muito carinho deste I Encontro Nacional de Div..."

"Bem no Fundo No fundo, no fundo, bem lá no fundo, a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula e sobre ela — silêncio perpétuo extinto por lei todo o remorso, maldito seja que olhas pra trás, lá pra trás não há nada, e nada mais mas problemas não se resolvem, problemas têm família grande, e aos domingos saem todos a passear o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas.Paulo Leminsky

Divulgação de editais Mais Cultura, vamos mobilizar o EXTREMO SUL para inscrições!!!

VAMOS MOBILIZAR O EXTREMO SUL!!!


Em parceria com Ministério da Cultura, a Secretaria de Cultura do Estado abre inscrições para Editais Mais Cultura para as áreas de leitura, bibliotecas comunitárias, e Cine Mais Cultura. Dia 16 de agosto é a data limite para inscrições. Os editais vão investir cerca de R$ 7,25 milhões na Bahia com 2/3 de recursos do MinC e 1/3 do Governo do Estado.

INFORMAÇÕES DOS EDITAIS:

Edital Cine Mais Cultura Bahia (clique aqui para ter acesso ao edital)

Contemplará até 60 propostas de projetos voltados para o audiovisual. Os vencedores ganharão kit de projeção digital (tela, projetor, sistema de som, DVD player e microfone sem fio), filmes e vídeos brasileiros em DVD e capacitação para dois representantes de cada proposta, no valor estimado de R$ 15 mil. O total do investimento é de R$ 900 mil. Inscrições até 16 de agosto.

Pontos de Leitura (clique aqui para ter acesso ao edital)

O Prêmio Mais Cultura de Pontos de Leitura é destinado a pessoas físicas e/ou jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, com comprovada experiência e atuação, há pelo menos um ano, com propostas culturais, sociais e/ou educacionais relacionadas ao fortalecimento, estímulo e fomento da leitura no Brasil, conforme os objetivos do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura. O Edital selecionará 260 iniciativas culturais em todo o estado prevendo cotas para cada Território de Identidade em um percentual correspondente ao nº de município dos territórios e nº de habitantes. Cada premiado receberá o apoio no valor de R$ 20 mil, totalizando um investimento de R$ 5,2 milhões. Inscrições até 16 de agosto.

Bibliotecas Comunitárias (clique aqui para ter acesso ao edital)

O Prêmio Mais Cultura de Bibliotecas Comunitárias é destinado a instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, com comprovada experiência em projetos socioculturais e que tem atuação como Bibliotecas Comunitárias há pelo menos um ano. O Edital premiará 23 (vinte e três) iniciativas culturais, realizadas por instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atuam como Bibliotecas Comunitárias, com ações de fortalecimento, estímulo e fomento da leitura.

O conceito de Biblioteca Comunitária é de um espaço físico criado e mantido por iniciativa da comunidade, sem intervenção do poder público. Além disso, é necessário possuir acervo bibliográfico multidisciplinar e minimamente organizado e ter por objetivo ampliar o acesso da comunidade à informação, ao livro e à leitura. Para se inscrever a entidade deve prever em estatuto ações desta natureza. Cada instituição selecionada receberá o prêmio no valor de R$ 50 mil, totalizando um investimento de R$ 1,150 (um milhão, cento e cinqüenta mil reais). Inscrições até 16 de agosto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma questão Pré-conceituosa

As nossas vidas, as nossas culturas, são compostas por muitas histórias sobrepostas. A romancista Chimamanda Adichie conta a história de como descobriu a sua voz cultural - e adverte que se ouvirmos apenas uma história sobre outra pessoa ou país, arriscamos um desentendimento crítico.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

LIVRO - DIÁRIOS (1947-1963)

"Quem inventou o casamento era um torturador astuto. É uma instituição destinada a embotar os sentimentos." Reflexões agudas como essa, entre a amargura e a ironia, fazem parte da matéria-prima destes Diários, espécie de buraco da fechadura privilegiado por onde se enxerga a intimidade mental e existencial dos anos de juventude de uma das intelectuais mais influentes da América do pós-guerra.
Selecionados por seu filho David Rieff depois de sua morte, os trechos ora publicados exibem um foco temático irrequieto que se desloca num caleidoscópio de assuntos da esfera pessoal e cultural. A par do seu vasto itinerário de leituras e experiências de fruição artística, presenciamos aqui, em registro confessional, a descoberta adolescente da sexualidade, as vivências como caloura precoce na Universidade da Califórnia, onde ingressou aos dezesseis anos, o breve casamento aos dezoito com seu professor Philip Rieff e as duas grandes relações amorosas mantidas com mulheres na sua fase de jovem adulta. Os Diários nos transportam, enfim, para o denso e rico mundo mental de uma jovem Susan Sontag em plena batalha diária para se tornar Susan Sontag.


Susan Sontag

Autor
Susan Sontag nasceu em Nova York em 1933 e morreu em 2004. Cursou filosofia na Universidade de Chicago e pós-graduou-se em Harvard. Seus livros foram traduzidos para mais de trinta línguas. Além de ensaios, escreveu também romances e dirigiu cinema e teatro.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Refletindo sobre a lei da Ficha Limpa

Há no Brasil, em contraponto a um otimismo ufanista que não admite críticas, um sentimento derrotista, fatalista em relação aos destinos e ao futuro do país. Fatos recentes, entretanto, mostram que essas pessoas se equivocam. Contra todas as previsões, a Lei da Ficha Limpa está pegando.

A Lei surgiu de iniciativa popular. É, portanto, a sociedade civil mobilizada que empurrou aqui o Congresso para fazer uma parte da reforma política, o que em si já funciona como um poderoso indício de vitalidade da democracia brasileira.

Depois, quando todos achavam que o dispositivo seria amorcegado, a Justiça garantiu a vigência imediata e o TSE negou autorização para registro de candidaturas que tinham contas a prestar. Em seguida, o Ministério Público movimentou-se para impugnar cerca de 400 candidaturas em todo o País.

Ainda há muita água para rolar e recursos precisarão ser avaliados. Mas o fato é que esta aliança entre o cidadão-eleitor mobilizado, a Justiça Eleitoral e o Ministério Público tem contribuído sobremaneira para empurrar a reforma política para diante.

É uma perspectiva alvissareira, sobretudo se comparada com as eleições recentemente realizadas no México. Lá, escritórios de campanha eleitoral sofreram atentados a bomba, candidatos foram ameaçados e assassinados e cadáveres expostos em áreas públicas. A violência, em grande medida provocada pelo narcotráfico, apavora mesários, afugenta eleitores. Naquele país, há candidatos que se elegem fazendo a apologia das drogas e declarando-se aliados do narcotráfico!

Publicado no Pé de página

Isabel Allende conta histórias de paixão