Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, no encalço. Amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor. G. Rosa

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bi Kidude e sua música


Tão velho como  a minha  língua


Fatuma Binti Baraka, também conhecida por Bi Kidude, a rainha do Taarab, género musical de Zanzibar. Ninguém sabe ao certo quando nasceu, sabe-se que tem 93 anos, ainda repletos duma energia fabulosa, basta vê-la cantar, dançar e tocar um tambor unyago que segura entre as coxas.


Por falar em coxas. Unyago, é um ritual antigo, exclusivo para raparigas, onde se preparam as adolescentes para a puberdade e a forma de melhor disfrutar da sua sexualidade. Bi.Kidude é uma das poucas mulheres que peritas neste ritual, onde também, as educa contra a opressão e os abusos sexuais, numa alusão à sua vida e o modo como a enfrentou.


Ritmos tradicionais, passos de dança baseados nos movimentos dos chimpanzés. De liberdade, emancipação, satisfação. Prazer.


Fonte: Textículos


Bi Kidude é considerada por muitos, a artista musical viva, mais velha do mundo. Não se sabe a data exacta do seu nascimento, o que ajuda a criar a sua aura mítica. Alguns sites dizem que ela tem 93 anos, outros especulam de que ela terá pelo menos 100 anos. De qualquer das formas, a sua carreira musical tem mais de cinco décadas.

Gravou o seu primeiro albúm a solo “Zanzibar” em 1999. Em 2005 ganhou o prestigiado prémio WOMEX, pelo seu percurso musical e contribuição para a World Music.


O documentário “As Old as My Tongue: The Myth and Life of Bi Kidude” entrou para o circuíto dos festivais de cinema e foi tremendamente aclamado. O documentário acompanha Bi Kidude ao longo de três anos, desde a sua terra natal Stone Town em Zanzibar, até aos palcos de Paris.


                    Tão velho como a minha língua.