AQUI SE CRUZARÃO CAUSOS, DESABAFOS, COMENTÁRIOS, UNS DEDIN DE PROSA, BREJEIRICES, QUIÇÁ UMA OU OUTRA PARLENDA; MOMENTOS ALEGRES, OUTROS NEM TANTO; MOMENTOS POÉTICOS, OUTROS MAIS POLÍTICOS E MUITAS, MAS MESMO MUITAS GAIATICES. ENFIM, CRUZAR-SE-ÃO OS NOSSOS PONTOS DE VISTA OU NÃO!
Amizade nossa ele não queria acontecida simples, no comum, no encalço. Amizade dele, ele me dava. E amizade dada é amor. G. Rosa
Que no próximo ano possamos colher o resultado do que semeamos neste ano que está terminando; que sejamos mais amorosos e que também saibamos demonstrá-lo. Agradeço a todos que de uma forma ou de outra me visitaram e estiveram presentes em minha vida em 2011.
Borboletas de Zagorsk é um documentário produzido pela BBC em 1992 que trata do trabalho desenvolvido em uma escola russa com crianças surdas e cegas inspirado nos estudos de Lev Vygotsky. A obra tem 40 minutos de duração e se passa na cidade de Zagorsk, a 80 km de Moscou.
Em seus estudos sobre a defectologia, Vygotski traz a ideia da compensação segundo a qual as pessoas com deficiência utilizam seus sentidos sadios para compreenderem o mundo, isto é, desenvolver seus sentidos normais para compensarem seus sentidos perdidos ( visão, audição, etc. )
O documentário reforça a importância da mediação e a crença de que todas as pessoas, independente da idade e da condição física ou intelectual, são capazes de aprender. Concepção esta também retratada na teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural do educador Romeno Reuven Feuerstein. Com a conhecida frase: "Não me aceite como eu sou", Feuerstein desafia o educador a planejar e propor ações que possibilitem ao sujeito relacionar-se com seus pares, sem que esta relação seja permeada pelo atributo da incompetência por acreditar que não se pode prever, nunca limites para o desenvolvimento humano.
Borboletas de Zagorsk é a evidência disso.
Texto Vídeo 2
Em seu apartamento em Moscou Yuri e Natasha conversam. Os dois falam a língua de sinais, mas Natasha é que é surda e cega. Sua estranha voz de passarinho foi causada por uma doença que danificou suas cordas vocais quando ela tinha nove anos. Natasha segue surda desde criancinha, mesmo assim hoje ela é mãe, filósofa e psicóloga de profissão, ela é um produto do notável sistema de ensino de Zagorsk.
Natasha: É claro que em Zagorsk eu me senti mais livre e feliz que em casa pois podia me comunicar com os professores, as crianças e a equipe que trabalhava lá. Em Zagorsk também me ajudaram muito a compreender a idéia confusa que eu fazia do mundo na época. Não foi um processo agradável e me recordo com gratidão da paciência dos professores que realizam esse trabalho, hoje e em épocas passadas. Como resultado eu passei lentamente a compreender tudo direito, o que me ajudou a agir corretamente no mundo a minha volta.
Natasha tinha treze anos quando foi para Zagorsk e foi apresentada a uma forma de ensino inspirada pelo psicólogo russo Lev Vygotsky.
Natasha: Vygotsky mudou minha vida quando era estudante, suas idéias eram força motriz da psicóloga soviética.
Foi Vygotsky quem há 68 anos disse que mesmo crianças gravemente deficientes poderiam ser transformadas em adultos inteligentes. Vygotsky morreu em 1934, mas Natasha e seu marido se dedicaram a divulgar suas idéias. Quando na adolescência Natasha dominou a linguagem de sinais, o mundo mudou para sempre. Ela escreveu um poema que celebra seu triunfo contra a solidão e o isolamento: Dê-me tua mão que eu te direi quem és. Em minha silenciosa escuridão, mais claro que um ofuscante sol, está tudo que desejarias ocultar de mim. Mais que palavras tuas mãos me contam tudo que recusavas dizer. Sementes de ansiedade ou trêmulas de fúria, verdadeira amizade ou mentira, tudo se revela ao toque de uma mão, quem é estranho, quem é amigo. Tudo vejo em minha silenciosa escuridão. Dê-me tua mão que te direis quem és.
Natasha e Yuri se dirigem para o lar em Zagorsk em que ela passou a infância, foi lá que ela obteve acesso a universidade e decidiu tornar-se psicóloga.
Natasha: escolhi a especialização em psicologia infantil porque eu queria ajudar crianças na mesma situação da qual escapei. Eu achava que quando eu entendesse o misterioso processo de formação da psicologia humana, eu seria capaz de ajudar as crianças a evitar um período amargo e doloroso pelo qual eu tive de passar na minha educação. Como meus professores conseguiam enxergar e ouvir, eles nem sempre eram capazes de me entender corretamente.
Hoje as crianças de Zagorsk recebem a visita de um clube jovem de Moscou, o que tem um líder extraordinário. Sasha, o ex aluno de Zagorsk é surdo e cego. Para as crianças daqui Sasha é um herói, um exemplo. Há treze anos como parte de uma ousada experiência educacional, ele foi um entre quatro estudantes de Zagorsk a se formar na universidade de Moscou. O amigo de Sasha, Yiuri, formou-se na mesma época. Yuri e Sasha vêm para cá regularmente ensinar e incentivar as crianças a seguir seus passos. Mas para estes estudantes será difícil. A experiência de 1977 não deve ser repetida nos anos noventa. Os recursos diminuíram e a vontade política também. Natasha e Yuri visitam a casa de Zagorsk para dar aulas de inglês para estudantes mais velhos. Para Oksana Natasha é uma heroína especial, elas têm muito em comum, ambas são da Ucrânia, ambas adoram poesia e ambas sabem como é ficar cega e surda na infância.
Natasha: Olá Oksana, estava esperando por você, eu sabia que você viria.
Belova, a mais antiga professora de Zagorsk está aqui há trinta anos, as crianças, suas alunas, são portadoras de surdez grave, mas conseguem ouvir sua voz quando muito amplificada. Ela sempre se comunica de várias formas ao mesmo tempo, pela linguagem de sinais, pela fala e pelas vibrações da caixa de voz.
O trabalho (quase impossível) de educar é algo tão emaranhado, tão cheio de desconstruir mitos e preconceitos (inclusive de outros educadores), é tão sutilmente condicionado a não acontecer... Ser educador, hoje, é quase uma guerrilha cultural, enfrentamento direto com as velharias que nos enfiaram goela abaixo por séculos e séculos, e que inclusive quem sofre a repressão ideológica dos dominantes, custa a entender.
Minha volta ao trabalho na Fundação de Proteção Especial traz outra vez os choques com aqueles que deveriam ter uma passagem provisória nos abrigos, e no entanto terminam por viver a parte grande de suas infâncias e adolescências em instituições.
Na Fundação de Proteção, herdeira da antiga FEBEM mas que se dedica ao atendimento de crianças e adolescentes em situação de abandono e/ou de risco, cerca de 40 abrigos atendem de 14 a 18 abrigados. De acordo com a determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) são abrigados juntos crianças e adolescentes, portadores de necessidades especiais, bebês, usuários de drogas em tentativa de recuperação, adolescentes que cumprem medidas por atos infracionais em meio aberto.
Geralmente dois trabalhadores (antes monitores, agora educadores) e, com sorte um profissional de cozinha dão conta de todas as tarefas do abrigo, de atendimentos médicos, pricológicos na rede pública à escola, escalas de tarefas, higiene, disciplina. Limites para quem nunca teve limites, afeto para quem não está acostumado com afeto, escola, temas, conversas, conversas e mais conversas.
A bagagem de cada acolhido nestses abrigos é geralmente cruel. São estórias de abandono, de maus tratos, de abusos, de desamor.
Mas o abrigo deve ser passageiro. O trabalho deve ser feito não só com o abrigado, mas com as famílias, que precisam se organizar para retomar os vínculos com seus filhos, ou sobrinhos, ou afilhados. Por mais confortável que um abrigo pudesse ser, nada como a casa de cada um deles, e isto é verbalizado.
Enfim, mesmo com o avanço dos programas sociais, não basta acolher a criança ou o adolescente e mantê-lo no abrigo. Porque os 18 anos chegam rápido, e aí? São muitos os casos em que os adolescentes desligados não conseguem desinstitucionalizar-se, e ficam vivendo às voltas dos abrigos, a família que lhes foi possível.
Por isto, a maior urgência é o acompanhamento das famílias, para trabalho, para programas sociais, para reestruturação. E isto pouco ou nada depende dos trabalhadores de dentro dos abrigos.
De certo, só que enquanto continuar o sistema capitalista com sua crueldade e desigualdade, continuarão a existir abrigos, abrigados e exclusão de crianças, adolescentes e suas famílias.
Comunidade do Projeto Maravilha com o vereador Lucas .
Nesta segunda-feira, 13, moradores da comunidade do Projeto Maravilha receberam oficialmente das mãos do Vereador Lucas Leite e do coordenador regional da Fetraf, Joeleno Monteiro um trator, um arado e outros equipamentos utilizados na agricultura e que eram antigos desejos desta comunidade.
Isto foi possível graças ao apoio da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf). e o empenho e persistência de Lucas Leite junto ao governo estadual.
Gelson, membro da comunidade do Maravilha, não se contém de satisfação e em nome da comunidade agradece a Lucas Leite. “Sem o empenho dele isto não teria acontecido.”
Afastado do cargo por denunciar irregularidades na administração de Eunápolis, o Vereador Lucas Leite aguarda a decisão do recurso feito ao TSE, em Brasília. Enquanto isso continua tocando em frente seus projetos de melhorias das condições de vida das pessoas. É isso aí, LUCAS LEITE É GENTE QUE FAZ!
A denúncia foi feita por um outro promotor. E aí ? O prefeito vai alegar que é perseguição?
Esta é mais uma notícia dando conta de ações duvidosas do prefeito eunapolitano. Aliás, a segunda em menos de um mês. A cidade é manchete. Pena que negativa...
A matéria é do Bahia Notícias.
Em tempos de arrocho nas contas públicas, o Ministério Público entrou com uma denúncia contra o prefeito de Eunápolis, José Robério Batista de Oliveira (PRTB), por ter gastado cerca de R$ 1 milhão na contratação de bandas e artistas para tocar nas festas de São João e São Pedro de 2008, na cidade do Sul do estado. A acusação foi encaminhada na tarde desta sexta-feira (10), e será julgada pelo Tribunal de Justiça da Bahia. No processo, o promotor Carlos Artur Pires relata que José Robério contratou uma empresa, a PR Promoções, para gerenciar a escolha das bandas sem procedimento licitatório. Ele teria utilizado indevidamente recursos públicos em benefício alheio. No entendimento da promotoria, o contrato é fraudulento e não há nenhuma justificativa nem detalhamento sobre como a quantia de R$ 998.000 foi gasta pela empresa. Informações são do Correio24horas.
Prefeito de Eunápolis confiou R$ 998.000 para empresa contratar bandas, sem prestar contas. Isso é correto com o dinherio público? O povo aprova?